Imortalizar a natureza por meio da produção de imagens fotográficas, lidando com todas as adversidades que o ambiente selvagem pode impor, é sempre um grande desafio. Trata-se de um teste de paciência, respeito, persistência e até teimosia, exigindo o exercício do olhar capaz de perceber o valor de cada elemento desse ambiente para então, com um clique, torná-lo eterno.
Mais do que responsáveis por registros com alta importância histórica, especialmente diante da transformação veloz e voraz pela qual o mundo passa atualmente, fotógrafos são autores de importantes ferramentas que fortalecem o trabalho da conservação ambiental.
Em doze anos de atuação, o WWF-Brasil já pôde contar com muitos desses profissionais aptos a registrar suas ações, campanhas, eventos, expedições e outras iniciativas. São cliques de lugares, plantas, animais, pessoas e suas culturas, gerando fotografias que são instrumentos poderosos os quais ajudam a divulgar as riquezas abrigadas pelo nosso planeta.
Ao gerar estímulos visuais, esses profissionais despertam o sentimento da necessidade de conservar tais riquezas, já que, muitas vezes, só se toma consciência da importância das coisas depois que estas se tornam conhecidas ou são apresentadas aos olhos.
Profissionais como Zig Koch que já participou de diversas atividades promovidas pelo WWF-Brasil e teve seu trabalho reconhecido ao ganhar o segundo lugar do concurso internacional da Nikon de 2007. A imagem foi escolhida entre 47 mil concorrentes e retrata uma revoada de borboletas registrada durante a primeira expedição realizada pelo WWF-Brasil, em 2006, ao Parque Nacional do Juruena, localizado no norte do Mato Grosso.
Também vale citar a contribuição dos fotógrafos italianos Roberto Isotti e Alberto Cambone que visitaram o Pantanal entre agosto e setembro do ano passado para produzir imagens da região, renovando a coleção de fotos do acervo da WWF-Canon.
Além disso, colheram informações para o Projeto Beagle, implementado pelo WWF-Itália. Trata-se de um banco de dados com informações sobre roteiros de viagem para incentivar turistas da Itália a visitarem o Pantanal e apoiar a conservação do meio ambiente. Todas as fotos produzidas durante a viagem foram doadas ao WWF-Brasil.
Compondo essa lista, está também Adriano Gambarini que participou das duas fases da expedição científica ao Parque Nacional do Juruena, iniciativas apoiadas pelo WWF-Brasil e realizadas em novembro de 2007 e entre fevereiro e março de 2008.
Além de ampliar o acervo fotográfico daquela região, Gambarini produziu raras imagens, como a foto da única espécie de primatas com hábitos noturnos do mundo: o Macaco-da-noite (Aotus sp.) que prefere dormir de dia, como os morcegos, e realizar suas atividades durante a noite. Este foi um dos poucos registros fotográficos do bicho livre na natureza.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário